24 de julho de 2009

Mais uma Da Maria Arvore..


Deve ter sido por ouvir muitas vezes à minha mãe que uma mulher atrapalhada é pior que um homem bêbado. Por isso mesmo ou porque os genes já prometiam desembaraço, nunca se me entaramelou a língua. As mãos também sempre bordaram com perfeição mas nunca em pano cru, que as palavras podiam cair em saco roto. Para os paninhos nunca tive jeito e para a cozinha ainda menos; por mim as casas podiam suprimi-la. Mas nem por isso gosto de fast-food; habituei-me, desde cedo, a comer só do que gosto pois o prazer quer-se trabalhado e prolongado, mas que se esmerem os comparsas, a bem do sucesso . Movo-me no lado mais pragmático da vida, depois de satisfeita a minha sede de saber. Aprendo depressa; definam-me a tarefa e apresento resultados. Mas não me peçam que falseie os dados. De falso apenas tenho umas madeixas loiras; coisas do feminino, não tanto por vaidade mas por bem parecer. E para parecer bem, sou solta no vestir e em quase tudo. Se me apertam ponho-me a milhas, não gosto de sufocos. De beijos, sim, mas dos verdadeiros.

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